O Boto-cor-de-rosa - Inia geoffrensis é provavelmente uma das espécies de golfinhos de água doce mais conhecida. São encontrados em vários afluentes do Rio Amazonas, além de rios em outros cinco países: Peru, Equador, Bolívia, Venezuela, Colômbia.

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Boto-cor-de-rosa. Foto: Kevin Schafer.
Dentre suas características, a mais marcante é sua cor, que pode variar de cinza azulado até o rosa. Há muitos mitos sobre a espécie, sendo o mais conhecido na região amazônica o fato destes golfinhos se transformarem em homens atraentes e seduzirem as mulheres. 

Os botos geralmente são observados individualmente ou em pares, embora ocasionalmente grupos maiores possam ser observados. São mais ativos durante o início da manhã e a noite e chegam a deslocar-se cerca de dois quilômetros por hora. Utilizam a ecolocalização para localizar suas presas, possuindo como dieta alimentar uma variedade de espécies de peixes e caranguejos.

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Boto-cor-de-rosa alimentado de peixes.
Embora seja uma espécie carismática, uma série de ameaças coloca em risco sua sobrevivência. Há relatos de morte acidental de botos-cor-de-rosa em redes de pesca; pescadores utilizam sua carne como iscas de peixes; a poluição ambiental por organoclorados e metais pesados também afetam populações de botos; a construção de barragens isolam populações e a longo prazo podem gerar sérias consequências.

Atualmente os botos-cor-de-rosa estão inseridos no status de “deficiente de informação” na lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da IUCN e com status de “Em Perigo de Extinção” na lista do Ministério do Meio Ambiente. No Brasil e Bolívia são protegidos por legislação específica e parcialmente protegidos no Peru, Venezuela e Colômbia.