Não, você não leu errado! Hoje falaremos sobre o turismo de observação de baleias (whalewatching), no qual podemos
estar em contato com esses gigantes em seu habitat
natural. No período de julho á outubro as baleias jubartes - Megaptera
novaeangliae deixam as águas frias da Antártida para acasalar e
reproduzir nas águas quentinhas do litoral
brasileiro, como por exemplo, na costa da Praia do Forte, na Bahia.

Na Praia do Forte (Mata de
São João, Bahia), eu estive em alto mar com esses belos animais, em uma embarcação parceira do Projeto Baleia
Jubarte, que sempre monitora os passeios e acompanha os operadores e guias para lembrá-los de como é
importante respeitar as regras que garantem o bem-estar das jubartes e também de outras espécies marinhas. Antes do passeio
para ver as jubartes eles recebem os turistas em seu Centro de Visitantes para uma palestra educativa, apresentando
informações e curiosidades sobre elas.
Através da avistagem de
jubartes é possível sensibilizar a população de forma única para a importância da conservação da espécie.
Se uma foto vale mais que mil palavras, imagine o quão impactante é ver de
perto esses gigantes nadando lado a lado da embarcação em que você está!
Durante o passeio, que
dura em média 3 à 4 horas (após as baleias serem avistadas, a embarcação fica
somente cerca de 30 minutos perto delas, para não haver estresse), é possível
assistir um espetáculo com saltos, esguichos de água e cantos. Também é
possível ver de perto as mães com seus
filhotes, famílias, grupos nadando juntos e muito mais! Claro que, cada dia
no mar é diferente e tudo dependerá de sua sorte e da mãe natureza. Mas o que é garantido é que será uma experiência única na sua vida.
Entre algumas das vantagens desse tipo de trabalho com turismo, estão: mínimo
impacto ambiental; caráter educativo; renda para os locais em que são
feitos os passeios; incentivo para o setor hoteleiro e turístico; vagas de
empregos; contribuição para pesquisa
científica e sensibilização da população para o desenvolvimento
sustentável.
Apesar das vantagens, é preciso que esse tipo de atividade esteja
sempre sobre constante monitoramento
e rígida fiscalização, para que não haja perturbações ou incômodos indevidos aos animais, tendo em mente que quase sempre o
turismo é feito em locais de reprodução.
No Brasil, a prática de observação
de baleias é regulamentada por uma portaria
do IBAMA que cuida de estabelecer as normas para prevenir e coibir o
molestamento intencional de cetáceos
em águas jurisdicionais brasileiras.
Sobre a baleia jubarte
A baleia jubarte também
é conhecida como baleia-corcunda ou baleia-cantora. Sendo um mamífero marinho da ordem dos
cetartiodactylos, subordem dos cetáceos e infraordem dos misticetos, é uma das
maiores representantes das espécies
rorquais. Os adultos medem em média 12 a 16 metros e podem pesar de 35 a 40
toneladas. Os Machos da espécie medem aproximadamente de 15 a 16 metros, já as
fêmeas de 16 a 17.

Baleias jubarte migram mais de 25 mil quilômetros a cada ano das
áreas de alimentação para as de reprodução.
Elas só se alimentam no verão em águas
polares e migram para os trópicos e sub-trópicos para acasalar e terem seus
filhotes no inverno e primavera. Sua
dieta consiste de krill (animais semelhantes aos camarões) e peixes pequenos.
Jubartes têm um vasto repertório de estratégias
de pesca, incluindo a técnica de redes de bolhas.
Como as outras grandes
baleias, essa espécie foi ameaçada pela caça industrial. Elas foram caçadas até a beira da extinção quando as populações foram reduzidas em 90% antes
da moratória de 1966. As estimativas do número de indivíduos são em cerca de 80
mil exemplares. Mesmo com o fim da caça
comercial, as baleias ainda sofrem com várias ameaças: emalhamento em redes
de pesca, colisão com embarcações e poluição
marinha.
Para mais informações sobre a baleia jubarte, acesse
http://www.baleiajubarte.org.br/.
Sobre a autora
Izalete
Tavares busca através da fotografia registrar as belezas da natureza,
contribuindo para chamar a atenção das pessoas para a necessidade de preservar
o meio ambiente.
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