O nascimento de mais um indivíduo da ararinha-azul - Cyanopsitta spixii, espécie de ave endêmica do Brasil e extinta na natureza, faz aumentar a esperança de todos aqueles que sonham em ver a espécie novamente livre em seu habitat natural. O nascimento foi registrado  e divulgado nessa semana pela Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados (ACTB, em inglês), ONG Alemã.
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Marcus, Filhote de Ararinha azul. Foto:Patrick Pleul/DPA/AP
O espécime recebeu o nome de Marcus e está com 20 dias de nascido, sendo o quarto indivíduo a nascer nas instalações da ONG. Os últimos indivíduos da espécie, cerca de 92, estão em cativeiros em diferentes partes do mundo.
As principais causas que dizimaram as populações dessa espécie estão relacionadas à perda de habitat e o tráfico animais silvestres. A ararinha-azul é dependente das matas de galerias/ripárias (matas que margeiam os cursos d’água) e estas foram destruídas para a implantação de lavouras, pastos e hidrelétricas. A captura para comércio ilegal também foi um fator determinante para a extinção dessa bela ave da natureza brasileira. 
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Filhote de Ararinha-azul nascido no Brasil. Foto:Eny Miranda/Divulgação
Atualmente está em andamento o Plano Ação Nacional para a Conservação da ararinha-azulPAN Ararinha-azul, o qual visa aumentar a população em cativeiro, recuperar e conservar os habitats originais de ocorrência da espécie e, a partir de 2021, reintroduzi-la em sua área de ocorrência natural para que possam reproduzir livremente na natureza.
Os nascimentos ocorridos nas instalações da Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados e os outros dois recentes que ocorreram no Brasil, demonstra que as estratégias para a conservação e reintrodução da espécie poderá garantir que a ararinha-azul possa ser vista novamente livre na natureza brasileira.