Segundo
estudo recente publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences, a amazônia está se tornando uma savana
devido ao clima mais seco. Entretanto, esta savanização está ocorrendo de forma
transitória e não tão repentina como sustentavam outras predições.
O estudo
liderado por Naomi Levine, pesquisadora de biologia da Universidade de Harvard
e do Sul da Califórnia, analisou a resposta individual de plantas amazônicas
sob influência de uma área de entorno mais seca, diante de modelos que estimam
os efeitos da seca levando em consideração todo o ecossistema.
Segundo os
autores, as análises sugerem que, contrário às previsões de estabilidade ou
perda catastrófica de biomassa, a floresta amazônica responde a um clima mais
seco de forma imediata, porém de forma gradual e heterogênea.
Em outras
palavras, a floresta amazônica é mais sensível a mudanças do clima, como
sugerido em outros estudos, mas não é provável que esta mudança de um
ecossistema para outro ocorra repentinamente. A mudança será de uma floresta
úmida de alta concentração de biomassa para uma floresta de transição seca e
lenhosa, similar a uma savana.
O estudo
ainda alerta que o desmatamento, incêndios florestais e outras intervenções antrópicas podem acelerar
a savanização da floresta amazônica.
Segundo os
pesquisadores, as análises demonstram que a região sul da amazônia está mais propensa a sofrer com as estações secas, visto que, nestas
localidades observam-se condições de secas mais avançadas.
O estudo demonstra que a vulnerabilidade ou resistência da floresta
tropical depende da duração das estações secas, do tipo do solo, mas também, de
forma importante, do nível de competição e dinâmica entre as plantas e árvores
do ecossistema.
Fonte: EFE Verde
Siga o blog Natureza e Conservação no Facebook, YouTube e Instagram.
Veja também
Dia do Cerrado é comemorado em um dos meses mais críticos para o bioma.
Siga o blog Natureza e Conservação no Facebook, YouTube e Instagram.
Veja também
Dia do Cerrado é comemorado em um dos meses mais críticos para o bioma.
0 Comentários