A descoberta da nova espécie de sapo foi feita por pesquisadores da Universidade de Richmond e da Universidade George Washington, ambas nos Estados Unidos, foi publicada na revista científica "ZooKeys". A pesquisa partiu do princípio de que muitos exemplares de sapos reunidos como sendo da mesma espécie, com base apenas na morfologia dos animais, pertenciam, na realidade, a espécies variadas. Devido à semelhança entre os animais, essa distinção só é possível com análises moleculares, que avaliam o DNA.

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"Estávamos intrigados pela variação morfológica desses sapos, que é pequena, mas depois dos primeiros resultados das filogenias moleculares, ficou clara a grande disparidade genética entre eles", diz o pesquisador João Tonini, um dos autores da pesquisa e aluno de doutorado da Universidade George Washington.

Os exemplares do sapo avaliados na pesquisa foram coletados em armadilhas na Floresta Nacional do Rio Preto, no município de Conceição da Barra, no extremo norte do Espírito Santo. Anteriormente, exemplares dessa espécie tinham sido erroneamente identificados como das espécies Chiasmocleis lacrimae e Chiasmocleis capixaba.

O gênero Chiasmocleis reúne 29 espécies de anfíbios distribuídos pela Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. Os pesquisadores nomearam o novo sapo em homenagem às comunidades quilombolas que existem no norte do estado do Espírito Santo, onde a espécie foi coletada.

Fonte: G1 Natureza