Localizado
na Ásia central, entre os países Cazaquistão e Uzbequistão, o Mar de Aral já
foi considerado o 4° maior lago do mundo. Este ecossistema apresentava uma rica
biodiversidade e era responsável pela manutenção das populações humanas locais,
gerando alimento, emprego e renda através da pesca. Pelo menos 60 mil pessoas
sobreviviam do mar de Aral nos início dos anos de 1960.
Porém,
nos últimos 40 anos, o lago passou por transformações profundas, resultado de
diversos desvios que ocorrem nos cursos d’agua a montante do lago para a captação de milhões de litros de água para serem utilizados na irrigação de grandes plantações
de arroz e algodão. Como consequência, o lago deixou de ser abastecido por água
doce e ano após ano, sua lâmina d’água tem se retraído, dando lugar ao um
imenso deserto. Com a redução da vazão montante, o lago sofreu grandes transformações
químicas em sua estrutura (aumento da salinidade, agrotóxicos, etc.), alterando
sua ecologia e diminuindo significativamente suas comunidades de peixes.
Fica evidente que o uso intensivo dos afluentes
do lago, aliado a fatores climáticos, podem fazer com que o lago desapareça
completamente em um curto espaço de tempo. Observando esse exemplo, apesar
de não ser um lago, fico imaginando o que irá acontecer com o nosso Rio São
Francisco após sua “grandiosa transposição”. Não se interfere em um grande
ecossistema sem pagar o devido preço por tais intervenções.
1 Comentários
Amigo Dianes, é assombrosa a forma como o lago vem secando em curtos espaços de tempo. E a culpa como sempre é do homem, que ao invés de preservar, destrói, seu próprio ganha pão, e pelo que se vê no mapa a situação é irreversível.
ResponderExcluirAbraço!