Você já deve
ter ouvido falar na Ilha do Bananal e do Cantão. Ambas as localidades apresentam uma rica fauna e flora, sendo um celeiro da biodiversidade tocantinense,
abrigando inúmeras espécies raras, vulneráveis ou ameaçadas de extinção.
A Ilha do Bananal é considerada a maior ilha
fluvial do mundo. Localizada no Estado do Tocantins, faz divisa com os Estados
do Pará, Mato Grosso e Goiás. Já o Cantão, ou Parque Estadual do Cantão, é uma extensão
da ilha, sendo uma unidade de conservação de proteção integral. Essas duas
áreas juntas formam o maior complexo de áreas protegidas do Tocantins.
O ciclo
hidrológico da região confere uma sazonalidade marcante para a região. Na estação chuvosa, as chuvas intensas na cabeira e afluentes do Rio Araguaia fazem com que
todo o local fique completamente inundado. O Rio Javaés, por exemplo, chega a
subir mais de 10 metros, inundando grande parte da floresta. O oposto ocorre na estação seca, período em que a escassez de chuva reduz drasticamente a vazão dos
corpos hídricos, ocasionando o surgimento de grandes bancos de areia às margens
dos rios.
Pelo menos 8
espécies conhecidas para a região está classificada com algum grau de ameaça de
extinção, sendo elas o Chororó-do-Araguaia, a Onça-pintada, o Pica-pau-do-parnaíba (sendo atraído por playback pelo biólogo André Grassi, foto ao lado), Ariranha, Gavião-real,
Pato-corredor, Boto-do-Araguaia (espécie nova descrita para o Rio Araguaia) e o
Jacu-de-barriga-castanha. Estas espécies encontram na Ilha do
Bananal e Cantão um refúgio seguro e com condições ideais para manter as
gerações futuras longe das ações humanas que podem levá-las a beira da extinção.
Devido à imensidão deste complexo de áreas protegidas, muitas espécies estão para serem descobertas. Com pesquisas intensivas na região a probabilidade
de surgir novas espécies é alta, principalmente dentre aqueles grupos mais difíceis
de serem visualizados, como anfíbios, répteis e peixes. Para saber mais sobre a Ilha do Bananal e Cantão, veja a reportagem exibida no Globo Repórter.
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