Os orgânicos
representam cerca de 50% dos resíduos urbanos gerados no Brasil. Apesar disso,
apenas 1% desse total é destinado a compostagem. Para popularizar a prática e
disseminar conhecimento sobre a reprodução do ciclo dos resíduos orgânicos,
está disponível gratuitamente na Internet a publicação Compostagem Doméstica, Comunitária e Institucional de Resíduos Orgânicos: Manual de Orientação.

Com
linguagem acessível e ilustrações lúdicas, o manual traz técnicas de
compostagem doméstica, comunitária e institucional de resíduos orgânicos e
aborda o “Método UFSC” (em referência à Universidade Federal de Santa Catarina,
onde foi mais estudado e adaptado às condições brasileiras), que consiste em
uma estratégia segura e de baixo custo.
Segundo a
diretora do Departamento de Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos do MMA,
Zilda Veloso, a publicação contribui para o debate em curso no país sobre novas
formas de enxergar e lidar com resíduos orgânicos. “Temos uma resolução sobre
compostagem sendo debatida no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Então, há um grande interesse sobre o tema neste momento", afirma.
“O material
reúne um conjunto de soluções em compostagem (doméstica, comunitária e
institucional) capaz de mudar a realidade da destinação de resíduos orgânicos
no Brasil, hoje desperdiçados em aterros sanitários e lixões”, diz Marcos José
de Abreu, autor do texto e ex-coordenador de Projetos Urbanos do Cepagro.
Para ele, os
modelos apresentados se tratados de forma integrada representam uma inovação
ainda inexplorada pelos municípios brasileiros.
Cidades saudáveis
A
compostagem tem o potencial de promover a reciclagem dos resíduos orgânicos,
gerar adubo e devolver à matéria orgânica seu papel natural de fertilizar os
solos. De acordo com a obra, destinar resíduos orgânicos para aterros
sanitários gera desperdício econômico e é uma prática em desacordo com a
Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), que prevê que
somente rejeitos devem seguir para disposição final.
Apesar de se
degradar rapidamente em ambientes naturais equilibrados, os resíduos orgânicos
representam um problema ambiental nas cidades ao gerar chorume, emitir gases do
efeito estufa e favorecer a proliferação de animais transmissores de doenças.
A reintrodução da compostagem no dia a dia busca resgatar uma
alternativa de destinação dos resíduos orgânicos ambientalmente adequada, de
baixo custo e facilmente assimilada pela população. Assim como promover a
criação de composto orgânico de alta qualidade, que serve para adubar hortas e
jardins urbanos, o que contribui para a ampliação de áreas verdes, para o
aumento da biodiversidade e da segurança alimentar e do surgimento de cidades
mais saudáveis e resilientes.
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Fonte: ASCOM/MMA
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