Um projeto de um professor de uma universidade de Vila Velha vai repovoar a parte capixaba do Rio Doce com mais de 1 milhão de peixes nos próximos quatro anos. A intenção é amenizar os impactos que o rio teve com o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, e reaquecer o turismo da Vila de Regência, incentivando a pesca esportiva na região, na modalidade de pesque e solte.

Rio Doce, Samarco, Mariana, impactos da lama da Samarco no Rio Doce, lama de mariana, lama da samarco, repovoamento de peixes do rio doce, peixes, natureza, impacto ambiental, não vamos esquecer MarianaSegundo o professor Levy Gomes, líder da pesquisa, serão colocados no rio espécies de robalo e 1 milhão de larvas de curimatã e lambari.

"Nós vamos capturar os reprodutores no Rio Doce. Levar para uma estação de piscicultura, reproduzir esses peixes, gerar as formas jovens, fazer uma análise genética. Estando tudo ok, vamos soltar no Rio Doce. Os pais desses peixes são do Rio Doce mesmo", explica o professor.

Uma outra ação do grupo de pesquisa será a capacitação gratuita de pescadores de Regência para conduzir os barcos usados na pesca esportiva. Para o professor, o pescador esportivo, alvo da atividade, no geral, é um turista com renda elevada que pode dar um "boom" na economia local.

"Primeiro, nós vamos propor uma atividade alternativa ao pescador, mas sem mudar a essência. Ele vai continuar pescando, vai continuar indo para água. Ele só vai mudar a forma como ele vai lidar com o peixe. Vamos também oferecer uma nova fonte de renda para uma população que está muito carente", comenta.

A equipe da pesquisa escolheu três pontos do Rio Doce para colocar as espécies: em Baixo Guandu, Colatina e Regência. O projeto tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES).

Fonte: Globo.com