Autoridades,
Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e Minas Gerais
estão vigilantes. Não é para menos, já foram registradas 38 mortes de febre
amarela silvestre no Brasil. A doença é causada por um vírus inoculado no nosso
corpo proveniente da picada de um mosquito, e que pode levar a morte.

O vírus que
causa a febre amarela urbana e a silvestre é o mesmo, o que significa que os
sinais, os sintomas e a evolução da doença são exatamente os mesmos. A diferença
está nos mosquitos transmissores e na forma de contágio.
Os
transmissores da febre amarela silvestre são os mosquitos Haemagogus e o
Sabethes, que vivem em matas e beira de rios. Eles picam macacos contaminados
e, depois, as pessoas. Por isso, há casos de muitas mortes de macacos em
regiões acometidas pela doença. Já a febre amarela urbana é transmitida pelo
conhecido mosquito Aedes aegypti, e não são registrados casos no Brasil desde 1942.
A vacinação
é muito importante. Trata-se de um mecanismo de prevenção essencial, porém, o
cuidado que se deve ter daqui para frente é para que a febre amarela silvestre
não se torne urbana, uma vez que as regiões onde ocorreram as mortes de macacos
ficam a menos de 30 km do centro de São Paulo, por exemplo.
As autoridades
públicas dos órgãos de Saúde correm para que os casos não se alastrem. Mas, se
pensarmos um pouco, a verdadeira prevenção deve começar na promoção de
políticas ambientais que proíbam o desmatamento descontrolado. Caso contrário,
cada vez mais teremos o ressurgimento de doenças antes erradicadas.
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Autor:
Rodrigo Berté é diretor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente
e Humanidades do Centro Universitário Internacional UNINTER.
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