É
reconhecido que as rodovias embora sejam essenciais para o desenvolvimento de
uma região são empreendimentos que desencadeiam uma série de impactos ambientais,
principalmente sobre a fauna silvestre. Mesmo em áreas já urbanizadas os
impactos desses empreendimentos sobre os animais estão presentes. É o que
demonstra um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto Federal do Pará,
da Universidade Federal do Tocantins e da Universidade Federal do Amazonas em
um trecho urbano de uma rodovia no município de Óbidos, estado do Pará. O
artigo foi publicado na revista científica Estudo & Debate em Gestão &
Planejamento, especializada neste tipo de publicação.
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O estudo foi conduzido entre outubro de 2021 a dezembro de 2022. Neste período foram encontradas 195 carcaças de animais atropelados. Considerando o esforço amostral, foi estimado para o trecho da rodovia estudado uma taxa de atropelamento de 2,32 indivíduos por quilômetro por dia. De acordo com os autores, esta taxa de atropelamento supera a de outros trabalhos realizados em perímetros urbanos. Dentre os animais mais atropelados estão os anfíbios, com aproximadamente 81% dos atropelamentos, seguido por répteis, aves e mamíferos.
De acordo com os autores, os fatores associados aos atropelamentos variam em função do grupo afetado e podem estar associados a fatores relacionados à dispersão, período reprodutivo, presença de resíduos e carcaças de animais nas margens da rodovia, intenso tráfego de veículos, a falta de sinalização adequada, bem como a falta de ações de sensibilização ambiental junto aos condutores e moradores locais.
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