A bacia do Rio Paranã está localizada na região sudeste do Estado do Tocantins e nordeste do Estado de Goiás e é considerada uma área de extrema importância para a conservação da biodiversidade, pelo fato das matas secas serem uma das florestas mais ameaçadas do mundo e possuir várias espécies endêmicas, como a tiriba-do-paranã - Pyrrhura pfrimeri espécie ameaçada de extinção, que estão associadas ao tipo de vegetação da região.

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Entre 1977 e 2008, houve uma redução na área de vegetação nativa na ordem de 66,3%, representando uma taxa de desmatamento anual de 3,5%. Como consequência ocorreu um aumento no número de fragmentos e redução de sua área, sendo essas transformações mais intensas nos locais de relevo plano.

Os únicos remanescentes ainda significativos estão associados aos afloramentos de calcário, mas os pesquisadores alertam que, se o padrão de desmatamento persistir, em 25 anos as áreas de floresta da região podem desaparecer. A criação de unidades de conservação e o envolvimento da população local são elencados como fatores principais para reverter o quadro de degradação. 

Porém já se passaram 6 anos desde a data final do mapeamento e nada foi feito no sentido de preservar as matas secas da bacia do Rio Paranã. Interesses políticos dificultam a implantação das medidas propostas, principalmente a relacionada a criação de unidades de conservação.

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Sobre o autor

Dianes G. Marcelino é engenheiro ambiental e mestre em ecologia de ecótonos pela Universidade Federal do Tocantins. Tem experiência em licenciamento ambiental, geoprocessamento, ecologia, recuperação de áreas degradadas e gestão de resíduos sólidos.