Os tubarões existem em nosso planeta a mais de 400 milhões de anos. Seus antepassados eram bem diferentes da forma atual como os conhecemos, sendo mais parecidos com enguias. Atualmente são conhecidas em torno de 400 espécies, sendo oitenta e oito delas encontradas aqui no Brasil.
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Tubarão-branco. Foto: MA Marine Fisheries / Greg Skomal
Tubarões são encontrados em oceanos e mares de todo o mundo e com algumas exceções também em água doce. Nadam a uma profundidade de até dois mil metros e podem variar de 20 centímetros a 15 metros de comprimento. Algumas espécies vivem até os 100 anos, mas a grande maioria tem expectativa de vida em torno de 20 a 30 anos.

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Tubarão caçando. Foto: Steve Bloom
Carnívoros por natureza, os tubarões são excelentes caçadores, podendo detectar sua potencial presa a longa distância. Sua alimentação é composta por uma variedade de espécies, que inclui baleias, atuns, mamíferos marinhos, aves, tartarugas, dentre outros. Em média deslocam a uma velocidade média de 8 quilômetros por hora, mas ao perseguir uma presa podem atingir até 19 quilômetros por hora.

Por serem predadores de topo da cadeia alimentar, apresentam importante papel ecológico na manutenção do ecossistema marinho, limpando os mares de peixes  e animais mortos e doentes.


Ataque de tubarões: assassinos dos mares

Os tubarões sempre foram vistos como animais perigosos, dominando as águas oceânicas e matando tudo que veem pela frente, inclusive o homem. Entretanto, apenas poucas espécies desses animais são perigosas para os seres humanos. Em todo o mundo, menos de 15 pessoas morrem anualmente devido a ataque de tubarões, sendo que em torno de 90% dos ataques são acidentais.

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Carcaça de Tubarão-martelo sem as barbatanas. 
Foto: Jeff Rotman
Oposto a isto, estima-se que em torno de 73 milhões de tubarões são mortos anualmente pelo homem. Uma parte específica do seu corpo tem se destacado para aumentar sua sobrepesca, as barbatanas. Suas barbatanas são empregadas para fazer sopa e chegam a ser, em muitos casos, o item mais caro nos cardápios dos restaurantes, movimentando um mercado multibilionário, brutal e cruel de pesca de tubarões.

Denominada como finning, a ação de retirar as barbatanas de peixe, os tubarões tem cruelmente suas barbatanas removidas e, na maioria das vezes, o restante da carcaça é descartada no mar. Mutilado, acaba morrendo devido ao sangramento ou por ataque de outros peixes.

Medidas de conservação, fiscalização da pesca e proibição do finning são essenciais para manutenção das populações de tubarões. Entretanto, as medidas também devem atingir a proibição de produtos de barbatanas de tubarão, eliminando sua procura e erradicando o finning em todo o mundo. Deve-se ainda evitar ao máximo a intervenção humana em áreas de ocorrência natural dessas espécies.

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