A restauração ecológica de 335 hectares
de Floresta com Araucárias é a
primeira ação do recém-lançado Projeto Conexão Araucária, em desenvolvimento por meio de parcerias com produtores da agricultura familiar do
Sudeste do Paraná. As atividades, realizadas pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS)
sem qualquer custo aos produtores, devem trazer de volta às áreas espécies
nativas deste ecossistema, algumas ameaçadas
de extinção. O primeiro município beneficiado será São Mateus do Sul, na sequência outros deverão contar com a
presenta do Projeto, a exemplo de São
João do Triunfo, Palmeira, Rio Azul, Mallet, Rebouças e Paulo Frontin.

“Apesar das
exigências do novo Código Florestal,
grande parte das propriedades rurais tem déficit de vegetação nativa. Há ainda uma significativa invasão de espécies
exóticas, como o pinus, e uva do Japão
entre tantas outras, que causam desequilíbrio nos ambientes naturais”, explica
Maria Vitória Yamada, bióloga da SPVS e coordenadora do Projeto. Segundo ela,
“o Conexão Araucária vai contribuir com a manutenção
da biodiversidade e dos serviços ambientais na região e, ao mesmo tempo,
beneficiar os agricultores familiares”. Cerca de 100 proprietários rurais já
manifestaram interesse em ter suas áreas restauradas.
O Conexão
Araucária é uma iniciativa da SPVS financiada pelo BNDES e pela empresa JTI. O projeto tem apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Movimentação da economia local
Com a
realização das atividades de campo do Conexão Araucária, previstas até 2021,
estima-se que seja possível injetar cerca de R$ 1,5 milhão na economia local, entre bens e serviços
consumidos nos municípios de enfoque. “É uma preocupação do projeto que o
investimento para compra da maioria dos itens para a restauração, por exemplo,
seja feito na região”, diz Maria Vitória Yamada. As ações de restauração devem
gerar também empregos diretos para
os municípios com a capacitação e contratação de mão de obra local, além de
criar oportunidades para que estudantes
de universidades próximas participem e aprendam sobre as oportunidades da conservação da natureza.
A bióloga destaca ainda que o modelo de restauração adotado pelo projeto pode ser replicado futuramente para
recuperar outras áreas naturais públicas e particulares da região, inclusive
indo além da área mínima exigida pela legislação. “Com o Conexão Araucária, é
possível que mais proprietários percebam a importância
de conservar os serviços ambientais. A metodologia do projeto pode ser
expandida para outros municípios, conectando os remanescentes de Mata Atlântica”, conclui.
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