A Amazônia é
reconhecida por ser a maior floresta tropical do mundo e por abrigar uma grande
variedade de espécies, muitas ainda desconhecidas pela ciência, mas que aos
poucos vem sendo descobertas.
Recentemente,
o biólogo Gustavo Costa Tavares, pesquisador do Instituto de Ciências Biológicas da
Universidade Federal do Pará/IFPA, contribuiu para conhecermos um pouco mais
sobre a biodiversidade da floresta amazônica ao descrever um novo gênero e
espécie de esperança da tribo Agraeciini para a Amazônia brasileira.
A nova espécie foi batizada de Wuyjugu pizai, sendo a 23ª espécie de Agraeciini registrada no Brasil. O artigo foi publicado na revista científica Zootaxa, especializada nesse tipo de publicação.
De acordo com o autor, a fêmea da nova espécie de esperança carrega um ovipositor muito longo e reto, enquanto o macho possui um complexo fálico completamente membranoso, características não vistas em nenhum dos gêneros Agraeciini da América do Sul, que conta com 52 espécies registradas.
O nome genérico da espécie é uma homenagem à tribo indígena conhecida no Brasil como povo Munduruku, autodenominado “Wuy jugu”. Essa tribo dominava a região do Vale do Tapajós, no Estado do Pará, local onde os espécimes tipo foram coletados. Já o nome específico é uma homenagem ao entomólogo brasileiro Salvador Toledo Piza Jr., pesquisador que descreveu inúmeras espécies de esperanças do Brasil.
Sobre o autor
Dianes G. Marcelino é engenheiro ambiental e mestre em ecologia de ecótonos pela Universidade Federal do Tocantins.
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