Uma nova
espécie de sapo minúsculo foi descoberta na Serra do Quiriri, em Santa
Catarina. Ela foi descrita nesta semana por meio da publicação de um artigo na
revista científica PeerJ.
Com cerca de um centímetro de tamanho, o
Brachycephalus quiririensisvive apenas nessa região montanhosa e precisa de um
ambiente frio e úmido. “Por conta dessas condições a espécie é bastante
sensível às mudanças do clima e pode já estar ameaçada de extinção”, explica
Márcio Pie, pesquisador associado do Mater Natura - Instituto de Estudos
Ambientais e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um dos
pesquisadores responsáveis pela descoberta.
Com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a espécie foi descoberta durante um projeto apoiado por essa ONG. A pesquisa busca verificar a diversidade de espécies de anfíbios que vivem em montanhas, desde o sul de São Paulo até o norte catarinense. O estudo também prevê elencar todas as espécies já registradas nesse trecho e avaliar suas variabilidades genéticas.

Com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a espécie foi descoberta durante um projeto apoiado por essa ONG. A pesquisa busca verificar a diversidade de espécies de anfíbios que vivem em montanhas, desde o sul de São Paulo até o norte catarinense. O estudo também prevê elencar todas as espécies já registradas nesse trecho e avaliar suas variabilidades genéticas.

De acordo
com Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, pesquisas como
essa vão ao encontro do objetivo da ONG de ampliar o conhecimento da
biodiversidade brasileira. “Dessa forma é possível definir espécies e regiões
que estão sob grave ameaça e agir prioritariamente para protegê-las”, destaca.
Gênero desprotegido
Segundo Luiz
Fernando Ribeiro, pesquisador associado do Mater Natura e coautor da
descoberta, poucas espécies do gênero Brachycephalus possuem proteção através
de unidades de conservação, fazendo-se necessário criar novas áreas protegidas.
“Essas espécies têm sofrido muito por conta de perda de habitat causado pelo
homem”, ressalta Ribeiro.
Em Santa Catarina, onde o Brachycephalus
quiririensis ocorre, a pressão à espécie é por conta das plantações de pinus –
espécie exótica – e da pecuária. “Apesar de ser uma área de montanha, a criação
de gado é forte ameaça a esse anfíbio tão vulnerável”, afirma o coordenador do
projeto e professor da UFPR.
Características marcantes
Como as
outras espécies do gênero, o Brachycephalus quiririensis mede pouco mais de um
centímetro. O que o diferencia das outras é sua coloração: ela possui corpo
marrom com tonalidade esverdeada e uma faixa grossa na cor laranja. “Ainda não
temos confirmação, mas acreditamos que esse tom forte seja para indicar aos
predadores que ela é venenosa e, assim, se proteger”, conclui Pie.
Fonte: Fundação Grupo Boticário
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