Uma triste notícia
para a natureza tomou conta das mídias e redes sociais na última sexta-feira
(26). Uma operação das policias Militar e Rodoviária, no município de
Curionópolis, no Pará, descobriu várias cabeças e peles de onças-pintadas, jaguatirica,
onça-preta e pardas com moradores locais. No total, 19 felinos foram encontrados abatidos e preparados para venda.
Segundo
Frederico Drumont Martins, chefe da Floresta Nacional de Carajás - FLONACA,
desde a criação da FLONACA, nunca houve um registro de tamanha magnitude
relacionado a caça de animais na região. “Em nossos registros, desde o ano de criação da
FLONACA, em 1998, nunca tivemos uma situação dessas. Foram quase 30 animais e o
caso mais grave são das onças-pintadas, um animal ameaçado de extinção”,
explica Martins.
De acordo
com Martins, a apreensão dessa quantidade de animais abatidos extrapolou a caça
de subsistência e proteção de animais em fazendas, estando diretamente
associada ao tráfico de animais silvestres. “As peles e cabeças das onças estão
preparadas para serem expostas como troféu, estão preparadas para a venda em um
comércio ilegal de um animal ameaçado de extinção”, explica Martins.
Segundo
informação veiculada no programa Bom dia Brasil, da Rede Globo, o dono da casa
onde foram encontrados os animais abatidos está preso e recebeu uma multa de
534 mil reais por matar e mutilar as onças e manter animais silvestres em
cativeiro. O infrator pode ainda ficar preso por até 4 anos, pena máxima para quem comete algum crime ambiental.
Todo
material apreendido ficará sob a responsabilidade do ICMBio e será utilizado em
pesquisas científicas e em inciativas de educação ambiental. O fato é, o
maior felino das Américas sofre cada vez mais com a perda de habitat e a caça
para comércio ilegal de animais silvestres.
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