Depois de exibirem fotos de uma onça-pintada morta nas redes
sociais, agentes de fiscalização do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) em ação conjunta com o Ibama e Policia Federal,
realizaram no sábado (5), a prisão em flagrante dos três caçadores que aparecem nas
imagens. As informações da prisão foram noticiadas no site do ICMBio.
De acordo com o delegado, ficou claro que os três são “caçadores
profissionais”. Eles foram acusados pelos crimes de caçar espécies da fauna
silvestre sem autorização e de porte ilegal de armas. Como o somatório das
penas ultrapassa quatro anos, o trio foi encaminhado para um presídio na
região, onde aguardará o julgamento.
A caça ilegal, punida com detenção de seis meses a um ano e multa,
de acordo com o artigo 29 da Lei dos Crimes Ambientais, é um problema difícil
de ser combatido no Pará, onde a prática é difundida nas regiões mais próximas
à floresta amazônica. Em agosto, uma operação conjunta das polícias civil e militar, com o apoio do ICMBio, encontrou cinco cabeças de onças pintadas e uma de suçuarana armazenadas no freezer de um comércio na zona rural de Curionópolis. “A região coberta pela floreta amazônica é imensa, é quase
impossível fiscalizar tudo”, disse o delegado Araújo Brito. “A caça acontece. A
gente tenta combater na medida do possível.”
A onça-pintada (Pantera onca) é o maior felino do continente americano, podendo chegar a 135 quilos. Aparece na mais recente lista da fauna
brasileira ameaçada de extinção (portaria nº 444, de 17/12/2014) na categoria
vulnerável. Espécie emblemática das matas brasileiras, e é importante para as
ações de conservação. Entretanto, as crescentes alterações ambientais provocadas pelo homem, assim como o
desmatamento e a caça às presas silvestres e às próprias onças são as
principais causas da diminuição da população da espécie no Brasil.
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