A gestão eficiente dos resíduos urbanos é estratégia mais do
que fundamental para proporcionar a destinação
ambientalmente adequada para os milhões de toneladas de resíduos sólidos que são gerados
diariamente nas cidades brasileiras. Pensando nisso, tenho trabalhado na transformação de resíduos urbanos em adubo orgânico aqui em Parauapebas, no Pará. Só este ano mais de 4
toneladas de serragens, palhas, resíduos domésticos, restos de frutas, legumes
e verduras de supermercados já foram transformadas em adubo orgânico a partir
do processo de compostagem, evitando
que esses resíduos fossem dispostos no aterro da cidade.

Temos a ilusão de que ao dispor os resíduos para coleta pública
estaremos livres de possíveis problemas ambientais que possam surgir a partir
do descarte desses materiais. Entretanto, muitos dos resíduos descartados ainda têm um alto valor agregado,
principalmente os orgânicos, e
destiná-los ao aterro da cidade só contribui para que possíveis impactos ambientais possam surgir. É preciso promover a reciclagem desses materiais através da compostagem.
Dentre os métodos de compostagem conhecidos, tenho tentado reproduzir um método de baixo custo, desenvolvido pelo
departamento de Engenharia Rural da Universidade
Federal de Santa Catarina, por ser um modelo simples e de fácil operação, não havendo maiores
exigências quanto ao uso de equipamentos. O resultado final do processo é um composto orgânico estável, rico em
macro e micronutrientes, água e microrganismos que são benéficos para o
desenvolvimento de qualquer planta.
Cuidar bem dos resíduos
que geramos em nossa residência, ou em nossas atividades comerciais, é papel de
cada um de nós como cidadãos conscientes
dos impactos ambientais que o descarte inadequado de resíduos pode provocar
ao meio ambiente e consequentemente
a saúde humana. Compostemos o que é
orgânico, a natureza agradece!
Sobre o autor
Dianes
G. Marcelino é engenheiro ambiental e mestre em ecologia de ecótonos pela
Universidade Federal do Tocantins. Tem experiência em licenciamento ambiental,
geoprocessamento, ecologia, recuperação de áreas degradadas e gestão de
resíduos sólidos.
0 Comentários