Vira e mexe
ouvimos a expressão piolho-de-cobra em
alusão a um pequeno animal que na maioria das vezes é encontrado em ambientes
úmidos, com pouca luminosidade e com restos de matéria orgânica em decomposição. Mas será mito ou verdade que esse
animal é mesmo um piolho-de-cobra? Caso seja, será que há algum perigo para o homem?
Respondendo
a pergunta, cobra não tem piolho,
isto é um mito! O animal que conhecemos como piolho-de-cobra também é conhecido
por embuá ou gongolo. É diplópode, ou seja, é um animal que possui seus segmentos do corpo fundidos em pares
denominados de diplossegmentos, sendo composto por pares de pernas em cada um
desses segmentos. Existem cerca de 8000 espécies conhecidas desses animaizinhos.
São animais
que atuam na ciclagem de nutrientes na
natureza, degradando a matéria orgânica e transformando-a em composto orgânico rico em nutrientes
para as plantas. Eles podem ainda ser carniceiros e até mesmo parasitar algumas
plantas.
O piolho-de-cobra é inofensivo, não
possuindo ferrão ou glândula venenosa. Quando sente-se ameaçado se enrola e libera uma substância com cheiro desagradável
contendo iodo e cianeto que podem manchar a pele em caso de contato com a substância.
O controle
da infestação do animal no quintal e
jardins pode ser realizado com a redução da umidade e remoção de restos de
galhos, troncos e folhas desses locais. Outra curiosidade sobre o pilho-de-cobra é que sua presença não tem nada
haver com o aparecimento de cobras
no seu quintal ou jardim, ou seja, outro mito!
Agora que
você sabe tudo sobre o piolho-de-cobra
não precisa mais ter medo desse animal.
Sobre o autor
Dianes
G. Marcelino é consultor, engenheiro ambiental e mestre em ecologia de ecótonos
pela Universidade Federal do Tocantins. Tem experiência em licenciamento
ambiental, geoprocessamento, ecologia, recuperação de áreas degradadas e gestão
de resíduos sólidos.
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