Há algum
tempo venho aplicando princípios do método UFSC de compostagem na produção de adubo orgânico em Parauapebas, no Pará. Entretanto, somente nos
últimos meses resolvi monitorar e acompanhar de perto a evolução de três leiras de compostagem. No geral, as
leiras já têm entorno de 50 dias de montadas estando em pleno funcionamento e os
resultados preliminares desses 50
dias são bastante animadores.

Com a aplicação do método UFSC de compostagem
houve uma drástica redução na presença
de moscas e larvas no local das leiras. Isto ocorre devido a dois fatores: primeiro,
a camada de resíduo orgânico está
sempre coberta por uma camada de serragem, ou algum tipo de material palhoso; e
segundo, o aspecto construtivo das leiras
de compostagem possibilita que a mesma esteja constantemente a uma
temperatura entre 50 ºC e 60 ºC, podendo atingir picos de até 70 ºC, esterilizando
completamente a leira de compostagem.

Mesmo com o revolvimento da leira, após vigésimo dia, a degradação dos
resíduos orgânicos continua sendo intensa, estando à temperatura mantendo dentro dos valores esperados para esta fase da compostagem. O aspecto do
material demonstra que em breve a matéria
orgânica estará totalmente degradada e o adubo orgânico, rico em nutrientes, estará pronto para ser
empregado na adubação de hortas,
vasos e jardins.
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Sobre o autor
Dianes
G. Marcelino é consultor, engenheiro ambiental e mestre em ecologia de ecótonos
pela Universidade Federal do Tocantins. Tem experiência em licenciamento
ambiental, geoprocessamento, ecologia, recuperação de áreas degradadas e gestão
de resíduos sólidos.
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