Acidentes com pássaros em janelas e fachadas de vidro são uma das
principais causas para a morte de aves
em grandes centros urbanos. Além de acidentes em residencias, recentemente o
problema tem sido agravado em algumas cidades brasileiras devido à instalação
de muros de vidros em praças ou ao
longo de vias de acessos. Casos esses evidenciados, por exemplo, na cidade de Araruama/RJ onde diversos pássaros
foram mortos devido à colisão com a barreira de vidro.
Esse tipo de
problema, que tem efeitos negativos diretos sobre a biodiversidade de aves, pode ser evitado tomando medidas simples.
Em si tratando de grandes obras públicas
a opção para evitar a morte de pássaros devido
à colisão com barreiras de vidros
parte primeiramente do bom senso do Poder Público local em não fazer este tipo
de obra, optando por outras medidas que minimizam a ocorrência de acidentes com aves, como por exemplo, a
instalação de telas ao invés de vidro.
Nos locais
onde não existe a possibilidade de substituir a barreira de vidro por uma alternativa ecologicamente correta, a
opção é instalar decalques/adesivos nas janelas ou fachadas, como já apresentamos aqui no blog Natureza e Conservação. A instalação de adesivos com silhuetas de
aves de rapinas é conhecidamente ineficiente para evitar que pássaros batam em janelas e fachadas de vidros.
Desta forma,
a instalação de adesivos é a opção
mais viável para evitar as colisões. Os decalques
diminuirão a transparência ou reflectância do ambiente de entorno no vidro, criando uma barreira visível para os pássaros, possibilitando-os identificarem
que a sua frente há um obstáculo.
Vale lembrar que, anualmente estima-se que milhões de pássaros são mortos devido a colisões com
algum tipo de barreira de vidro. Devido à violência do impacto poucos animais conseguem se recuperar após um
acidente desse tipo. Protegemos nossas aves!
Sobre o autor
Dianes G. Marcelino é consultor,
engenheiro ambiental e mestre em ecologia de ecótonos pela Universidade Federal
do Tocantins. Tem experiência em licenciamento ambiental, geoprocessamento,
ecologia, recuperação de áreas degradadas e gestão de resíduos sólidos.
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