Neste
período de pandemia do novo coronavírus, o perfil da Save Brasil no Instagram, em
parceria com o biólogo Hugo Fernandes, compartilhou uma postagem muito interessante.
Do jeito que estamos caminhando, a próxima pandemia pode vir do Brasil e
precisamos entender os motivos e mudar nossas atitudes para que o mundo não passe pela mesma
situação em que nos encontramos.

Desses
ingredientes, o desmatamento tem destaque especial. Só na Amazônia, no primeiro
trimestre de 2020, foram emitidos alertas de desmatamento para 796,08 km² da floresta,
um aumento de 51,45% em relação ao mesmo período de 2019. Com o desmatamento avançamos
sobre as populações de animais silvestres, muitas delas com potencial de
carregar um patógeno que pode afetar a saúde do homem. Sabe-se, por exemplo,
que para cada quilômetro quadrado de floresta amazônica desmatada surgem 27
novos casos de malária.
A caça de animais é outro grande problema que expõe o homem a contrair uma doença de origem
animal. Como bem sabemos, o atual momento de pandemia pelo novo coronavírus
teve origem no consumo de carne de animais silvestres na China, um problema que
se repete por terras brasileiras, que assim como na China, é uma bomba relógio
que pode explodir a qualquer momento. A ciência demonstra isto há algum tempo.
O homem
precisa aprender com seus próprios erros, acreditar na ciência, respeitar a
natureza e compreender que precisa viver em harmonia com todas as outras
espécies ou será mais uma vez o maior afetado pelo descaso com o meio ambiente.
Sobre o autor
Dianes
G. Marcelino é consultor, engenheiro ambiental e mestre em ecologia de ecótonos
pela Universidade Federal do Tocantins. Tem experiência em licenciamento
ambiental, geoprocessamento, ecologia, recuperação de áreas degradadas e gestão
de resíduos sólidos.
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