Após um
período paralisado, o Projeto tiriba-do-paranã retorna suas atividades para
estudar e difundir informações sobre o periquito mais bonito das matas secas do
Brasil Central. Nesta segunda fase, o projeto será coordenado pelo biólogo/ornitólogo
Túlio Dornas, pesquisador do Programa de Pós Graduação em Ciências do Ambiente
da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em parceria com a American Bird
Conservancy e apoio da Neotropical Bird Club.
O projeto
teve sua primeira fase executada entre os anos de 2012 a 2014 e os trabalhos
foram conduzidos pelo Grupo de Pesquisa em Ecologia e Conservação de Aves (ECOAVES), da Universidade
Federal do Tocantins, e teve apoio das ONGs SAVE Brasil e da Fundação Grupo Boticário
de Proteção à Natureza.
Todas as
informações sobre o habitat, comportamentos, status de conservação e demais
informações sobre a tiriba-do-paranã serão compartilhadas pela página do projeto no Facebook (clique e confira!). Desta forma, todos poderão acompanhar as publicações sobre a espécie e curtir para sempre esse
incrível, multicolorido e admirado psitacídeo de sotaque goiano-tocantinense do
Brasil.
Sobre a espécie
A
tiriba-do-paranã, Pyrrhura pfrimeri,
é uma espécie considerada nacional e globalmente em perigo de extinção. Nos
últimos 50 anos a redução de sua população é estimada em pelo menos 10 vezes.
Presume-se hoje a existência de 20.000 a 25.000 indivíduos vivos na natureza.
É uma ave
que possui distribuição geográfica bastante restrita. Em todo o mundo é
encontrada apenas nas matas secas associadas a afloramentos de calcário da
bacia do rio Paranã, no sudeste do Tocantins e nordeste de Goiás, na porção
central do Brasil. Portanto, é uma espécie exclusiva do país, sendo considerada
uma ave endêmica do Brasil.
Entre
ornitólogos e observadores de aves também é conhecida como tiriba-de-pfrimer. O uso do nome popular tiriba-do-paranã, é uma recomendação recente proposta por pesquisadores que atuaram em estudos regionais sobre a espécie. Localmente a ave ainda é conhecida por vários outros nomes, como ciganinha, chiriri,
periquito-do-morro e, o mais utilizado e ouvido dentre os moradores locais, barreirinha, que faz alusão ao barro e representa o hábito da espécie de
ingerir minerais retirados através da raspagem do bico em rochas calcárias ou
em poças de lama fresca, comportamento chamado geofagia.
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