Apesar de ser o bioma mais degradado do Brasil, tendo apenas 12,4% de florestas remanescentes, a Mata Atlântica guarda grandes surpresas quando o assunto é biodiversidade. O bioma ganha mais uma nova espécie de anfíbio para sua lista, a Scinax tropicalia. A nova espécie de perereca da Mata Atlântica foi divulgada na revista científica Zootaxa.

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De acordo com Gabriel Novaes e Fagundes, pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Zoologia da Universidade Estadual de Santa Cruz, e um dos autores do artigo de divulgação, até o momento as populações dessa espécie são conhecidas apenas nas florestas tropicais do sul da Bahia e no alto da Serra de Baturité, no Ceará.

“Scinax tropicalia vive em ambientes de mata úmida. A principal ameaça à sua conservação e à conservação da maioria dos anfíbios da Mata Atlântica, é a destruição das florestas nativas. Portanto, temos mais um motivo para preservar e defender as florestas!” afirma Gabriel.

“O que é muito especial é que nós a nomeamos em homenagem ao célebre movimento transcultural da Tropicália, ou Tropicalismo”, diz o biólogo. Esse movimento cultural surgiu no final da década de 1960 e teve entre seus integrantes famosos músicos baianos como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé.

A descoberta da nova espécie teve a colaboração de pesquisadores da Universidade Estadual de Santa Cruz, do Museo Argentino de Ciencias Naturales, da Universidade Federal do Rio Grande e da Universidade Federal do Ceará.

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Sobre o autor

Dianes G. Marcelino é consultor, engenheiro ambiental e mestre em ecologia de ecótonos pela Universidade Federal do Tocantins.