Um recente
inventário sobre a fauna de formigas do Mato Grosso do Sul divulgado na revista
científica Iheringia revelou que Estado apresenta uma rica biodiversidade. No
total, foram catalogadas 306 espécies de formigas, sendo algumas delas raras
para a região de Estudo. O artigo científico foi produzido pelos pesquisadores
Manoel Fernando Demétrio, Rogério Silvestre, da Universidade Federal da Grande
Dourados e Paulo Robson de Sousa e Camila Aoki, da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul.
A maior
concentração de espécies de formigas foi encontrada na Serra da Bodoquena,
tendo sido identificadas 278 espécies para esta localidade. Os ambientes
amostrados em Chaco/Porto Murtinho, Serra do Amolar e Mata do Azulão foram
representadas, respectivamente, por 134, 120 e 111 espécies de formigas.
Através de estimadores de riqueza, os pesquisadores estimam que a fauna de
formigas do Mato Grosso do Sul pode chegar a 438 espécies.
De acordo
com os autores, o trabalho possibilitou a realização dos primeiros registros
para 11 espécies de formigas consideradas raras nas fitofisionomias estudas.
Além disso, as amostragens na Serra da Bodoquena possibilitou a descoberta de 3
novas espécies de formigas, a Asphinctanilloides sp. nov., Stigmatomma sp. nov.
e Probolomyrmex sp. nov., todas em processo de descrição pela ciência.
Os autores
concluem que para conhecer a totalidade da fauna de formigas do Estado é
necessário ampliar as áreas de amostragens, englobando localidades ainda não
inventariadas no Mato Grosso do Sul, aumentando o entendimento sobre a fauna
endêmica de cada região e como os filtros ambientais atuam na determinação das
assembleias de espécies de formigas.
Sobre as formigas
As formigas
consideradas boas indicadoras de qualidade ambiental, uma vez que são sensíveis
aos efeitos da degradação dos ambientes terrestres, dando uma rápida resposta
frente a alterações provocadas no ambiente.
Apresentam
uma grande diversidade de espécie, sendo a sua maioria classificada como
coletoras e predadoras, exercendo importantes papeis ecossistêmicos, contribuindo na formação do solo, enriquecendo-o com matéria orgânica e
promovendo sua aeração; controlando comunidades de invertebrados, protegendo
plantas e outras espécies de animais contra pragas e parasitas; promovendo a
predação e dispersão de sementes, e; servido de alimento para várias espécies de animais.
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